Ralos e vasos de planta lideram encontros de larvas de Aedes em Santos. Saiba como higienizá-los corretamente

A Avaliação de Densidade Larvária (ADL), estudo realizado durante todo o mês de maio em Santos, mostrou que os ralos (internos e externos) e os vasos de plantas são os locais onde mais foram encontradas larvas de mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya, zika e febre amarela urbana. De 139 recipientes identificados com larvas, 36,95% eram ralos de ambientes externos; 21,05% ralos de ambiente interno e 17,61% pratos de plantas.
“Se todos fizerem o controle e a higienização correta destes e de outros locais, nossa expectativa é reduzir bastante a quantidade de larvas e, consequentemente, de mosquitos e circulação das doenças em nosso município”, explica Ana Paula Valeiras, diretora de Vigilância em Saúde.
COMO LIMPAR?
Os ralos localizados em ambientes externos, como nas áreas comuns dos edifícios e nos quintais de casa, devem ser telados. Mas somente a tela não é o suficiente. É importante que sejam tratados duas vezes por semana, com sal grosso ou água sanitária. Esse procedimento pode ser usado nos ralos que ficam dentro de casa e não são do tipo abre e fecha, que é o mais recomendado para manter o mosquito longe da sua família.
Já os pratinhos de plantas não bastam estar secos. É importante lembrar que um ovo do Aedes pode sobreviver por até um ano em uma superfície seca até que encontre condições favoráveis para eclodir (água+ calor).
“É importante não deixar água acumular, mas independentemente disso, é importante limpar o pratinho com esponja, água e sabão, para eliminar a possibilidade de proliferação do mosquito. A gente não consegue identificar o ovo a olho nu, pois mede cerca de 0,4 milímetro. A limpeza se torna uma grande aliada neste enfrentamento”, destaca Boanerges Oliveira, chefe do Centro de Controle de Zoonoses e Vetor. O especialista também enfatiza a importância de separar dez minutos semanalmente para vistoriar toda a casa.
OUTRAS DICAS
• Pias - verificar vazamentos e manter ralo vedado
• Bandeja externa de geladeira - verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca
• Vaso sanitário e caixas de descarga - manter tampados
• Calhas e lajes - caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade.
Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema
• Caixas d'água - verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas
• Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas - verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente
O MOSQUITO
As fêmeas do mosquito Aedes aegypti depositam ovos em locais de água parada. Esses ovos necessitam de água e calor para eclodir. Assim, surgem as larvas, que mais tarde se transformam em pupa e, por fim, em mosquito. Somente as fêmeas se alimentam de sangue humano, necessário inclusive para a maturação de seus ovos antes de serem depositados. Porém, se essa fêmea tiver picado uma pessoa infectada por dengue ou chikungunya, ela se torna transmissora dos vírus ao sugar o sangue de outros indivíduos.
BALANÇO
Em 2025, Santos registra 2.668 casos de dengue, com 1 óbito, e 47 casos de chikungunya.
PRINCIPAIS DICAS
• Verifique se há água parada em vasos e pratos de plantas
• Pias - verificar vazamentos e manter ralo vedado
• Ralos no chão - tampá-los com tela, caso não sejam do tipo abre e fecha. Aplicar água sanitária duas vezes por semana
• Bandeja externa de geladeira - verificar se há acúmulo de água, limpar e manter seca
• Vaso sanitário e caixas de descarga - manter tampados
• Calhas e lajes - caso não seja possível verificar se acumulam água, procurar identificar sinais de umidade. Em caso afirmativo, providenciar a resolução do problema
• Caixas d'água - verificar a condição das tampas. Solicitar a reposição daquelas ausentes ou quebradas
• Fontes ornamentais, bebedouros de animais domésticos, piscinas - verificar a presença de organismos vivos dentro da água. Fazer limpeza regularmente
ESTRATÉGIAS DE SANTOS AO ENFRENTAMENTO AO AEDES AEGYPTI – ANO INTEIRO
Casa a Casa - programa de visitação de rotina aos imóveis
Mutirão - varredura realizada semanalmente em algum bairro da Cidade
Visitas aos imóveis especiais e pontos estratégicos - locais visitados mensalmente
Imóveis especiais: grande circulação de pessoas - escolas, hotéis, shopping centers
Pontos estratégicos: mais risco de criadouros - borracharias, oficinas, ferros-velhos, cemitérios, obras
Nebulização - aplicação de inseticida no entorno da residência de pessoa infectada para combater o mosquito já na fase adulta, quando está transmitindo as doenças
Armadilhas - Santos possui 481 armadilhas distribuídas por toda a Cidade, monitoradas semanalmente, que mostram o índice de infestação de mosquito no local
Acompanhamento epidemiológico - notificação e investigação de todos os casos de doenças transmitidas pelo Aedes pela Vigilância Epidemiológica
Atividades Educativas - atividades educativas nas ruas, escolas, palestras em empresas e instituições, pedágios em diferentes pontos da Cidade, participação em eventos, estandes temáticos e reuniões em condomínios
Monitoramento com drones em locais de difícil acesso
Atendimento a denúncias - feitas na Ouvidoria Municipal pelo telefone 162 ou www.santos.sp.gov.br/ouvidoria
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