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SP - Litoral,09/05/2025

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    Comissão aprova programa de combate à violência contra mulheres no campo

    camara.leg.br
    Comissão aprova programa de combate à violência contra mulheres no campo


    Mário Agra/Câmara dos Deputados

    deputada Marussa Boldrin discursa no plenário

    Marussa Boldrin: isolamento geográfico contribui para silenciamento das mulheres na área rural


    A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 4695/24, que cria uma política nacional de enfrentamento à violência contra a mulher nas regiões rurais. A proposta, do deputado Fausto Pinato (PP-SP), foi aprovada por recomendação da relatora, deputada Marussa Boldrin (MDB-GO).


    Marussa afirmou que o texto propõe medidas concretas para enfrentar a violência contra as mulheres no campo, apesar da ausência de uma rede de apoio próxima e do isolamento social e geográfico.


    “A distância dos serviços essenciais, especialmente os de saúde e proteção, amplifica as dificuldades enfrentadas pelas mulheres no campo, expondo-as a exclusão e obstáculos no acesso a cuidados fundamentais”, observou a relatora. “Essas adversidades, profundamente ligadas à opressão de gênero, contribuem para perpetuar o silenciamento dessas mulheres, dificultando sua luta por direitos e segurança.”


    Ainda segundo Marussa, a proposição se alinha com os objetivos de igualdade de gênero, beneficiando mulheres e as comunidades rurais como um todo.


    Diretrizes

    As diretrizes da política de enfrentamento à violência contra a mulher nas regiões rurais, que deverá será adotada por estados e municípios, são as seguintes:



    • realização de campanhas para informar os direitos das mulheres;

    • fortalecimento de redes de apoio, envolvendo líderes comunitários, professores, profissionais de saúde, para identificar situações de violência;

    • capacitação das mulheres para aumentar suas habilidades e a independência econômica;

    • acesso a serviços de saúde, incluindo atendimento médico, psicológico e apoio às vítimas de violência;

    • capacitação de policiais e profissionais da Justiça;

    • acesso à Justiça, por meio de clínicas jurídicas móveis, orientação jurídica gratuita e assistência na obtenção de medidas protetivas;

    • criação de aplicativos para fornecer informações às mulheres em situação de violência;

    • apoio psicossocial;

    • promoção da independência econômica, a partir da criação de oportunidades de emprego e renda para mulheres rurais;

    • avaliação e monitoramento contínuos; e

    • articulação intersetorial dos programas governamentais já existentes.


    Próximos passos

    O projeto tramita em caráter conclusivo e ainda será analisado pelas comissões de Defesa dos Direitos da Mulher; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.


    Para virar lei, o texto precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado.



     



     




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