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SP - Litoral,17/05/2025

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    Evento em Santos mostra avanços e construção coletiva no atendimento da saúde mental

    santos.sp.gov.br
    Evento em Santos mostra avanços e construção coletiva no atendimento da saúde mental Encontro faz alusão ao Dia da Luta Antimanicomial (18 de maio). Foto: divulgação

    Às vésperas do Dia da Luta Antimanicomial  (18 de maio), o evento ‘Saúde Mental na Contemporaneidade: Avanços da Reforma Psiquiátrica e os Novos Desafios do Cuidado em Rede’, realizado nesta sexta-feira (16) pela Prefeitura de Santos, mostra que o trabalho no setor será cada vez mais em rede para atender as necessidades de escuta, acolhimento e bem-estar da população, também como forma de prevenção ao desenvolvimento de transtornos mentais e não apenas assistência quando se manifestam.

    O Município, pioneiro na luta, possui 13 equipamentos de Saúde Mental, sendo três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) infantojuvenis, cinco adultos e um CAPS Álcool e Drogas. Há ainda três residenciais terapêuticos, para egressas de hospitais psiquiátricos sem vínculos familiares, e a Seção de Reabilitação Psicossocial (SERP), voltada à reintegração dos usuários de saúde mental por meio de oficinas terapêuticas de geração de renda.

    CONSTRUÇÃO COLETIVA

    O evento reuniu representantes do Governo do Estado, de todos os departamentos da Secretaria de Saúde e usuários dos equipamentos da saúde mental santista. 

    Cerca de 200 pessoas ouviram palestras e apresentaram, após discussões em grupo, propostas para o aprimoramento da rede de assistência, que não deve se restringir apenas aos equipamentos especializados. Além dos profissionais de saúde, os usuários dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) tiveram voz nesta construção coletiva.

    OLHAR

    O olhar deve ser atento a quem apresenta qualquer tipo de sofrimento, seja este relacionado a alguma tristeza, ansiedade, depressão ou quaisquer outros transtornos mentais considerados mais severos, do ponto de vista científico. Nenhuma dor deve ser relativizada: qualquer desequilíbrio emocional deve ser considerado pela própria pessoa, seus familiares, equipes de saúde e sociedade como um todo.

    O depoimento de C., usuária do CAPS Centro e da Seção de Reabilitação Psicossocial (SERP), reforça ainda mais essa necessidade. “Quando eu tive surto, apenas deitei em uma cama. Não gritei, não quebrei nada. E ali começou o julgamento de quem mais nos ama, que quer que a gente tome banho e se alimente, mas que não nos entende. Estar no CAPS é se sentir cuidado, sem exigências nem julgamentos e só dessa forma conseguimos, aos poucos, dar os primeiros passos”.

    ESCUTA QUALIFICADA

    A vice-prefeita e secretária de Educação, Audrey Kleys, destacou a importância de ouvir os usuários e os trabalhadores da saúde mental, de forma a sentir e compreender mais "as dores de quem está no território". “A sociedade nos exige respostas, mas sozinhos não somos ninguém. É importante essa união hoje para seguirmos adiante e impulsionarmos uns aos outros, de forma a também trazer a sociedade para este tema”.

    O secretário de Saúde, Fábio Lopez, destacou que a reestruturação da saúde mental santista vai além das melhorias estruturais das unidades. “Vamos trabalhar fortemente pela integração de todos os departamentos e Governo do Estado. Reitero que não haverá publicização dos equipamentos de saúde mental em Santos”.

    EXEMPLOS

    As celebridades já não escondem mais os seus sofrimentos. Exemplos não faltam: o surfista Gabriel Medina e a ginasta Simone Biles afastaram-se de suas atividades profissionais por quadros de depressão. Lady Gaga também não esconde dos fãs os desafios pelos quais já passou.

     “Essas declarações são atos de coragem e ajudam a minimizar o preconceito, que até hoje existe. Ainda percebemos dificuldade de as pessoas saberem que qualquer sofrimento tem relação com saúde mental e existe cuidado apropriado”, destaca Dorian Rojas, diretora de Saúde Mental de Santos.

    ARTESANATO

    Usuários da SERP, que realizam oficinas de geração de renda na unidade, exibiram e venderam artigos produzidos por eles, como bijuterias, panos de prato, pesos de porta e encadernações.  A renda obtida com a comercialização é revertida para  a aquisição de materiais de armarinho.

    O evento foi uma realização da Secretaria de Saúde de Santos, por meio do Departamento de Saúde Mental, com apoio do Centro Universitário Lusíada e dos laboratórios Eurofarma, Apsen e Viatris.


    Santos tem pioneirismo na luta antimanicomial

    A Prefeitura de Santos foi pioneira da Luta Antimanicomial do País e da reforma psiquiátrica, por meio da intervenção do Hospital Anchieta  conhecido como Casa dos Horrores, no dia 3 de maio de 1989. 

    Conforme a interdição do Anchieta avançou, com a organização dos prontuários e localização dos familiares, foram criados os Núcleos de Atenção Psicossocial (NAPS, hoje CAPS), que mais tarde se tornaram política pública em todo o País, sendo parte importante da Rede de Atenção Psicossocial estabelecida pelo Ministério da Saúde. O foco é entender o contexto que gerou o sofrimento ao paciente e tratar também a causa e não apenas os aspectos comportamentais.

    Os CAPS oferecem projeto terapêutico singular, com apoio de equipe multiprofissional, atividades que promovam socialização, com garantia dos direitos humanos e acompanhamento dos usuários em liberdade.

     





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